sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"O começo é a metade do todo."
( Platão)

Título: deixe para depois...

    Estava realizando uma atividade de produção de texto com meus alunos do 6º ano e vi que muitos olhavam a folha em branco, pensativos a respeito de uma única linha. Como já havia explicado a tarefa várias vezes, decidi perguntar o motivo da dúvida: era o título! "Não sei qual título colocar, Professora!". Sem escrever um texto, fica realmente difícil dar um título.
   O título é a última parte de uma redação. Primeiro, deve-se fazer um rascunho, um planejamento do texto, decidir o que vai ser desenvolvido. Depois, os parágrafos são escritos. Logo após, uma revisão deve ser feita para confirmar o cumprimento das instruções. Só por último é que se decide o título!
     De preferência, o título deve ser curto e atrair o leitor. Não precisa ter uma relação evidente com o texto, pode apenas sugerir seu conteúdo, desde que seja um atrativo para a leitura da narrativa. Por isso, caros alunos, não se descabelem pensando em título antes. Afinal, é uma das poucas coisas que podem ser deixadas para depois! (de fazer o texto, ok? rs)

    Fica a dica! =)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"O efeito de um bom conselho depende muitas vezes da maneira como se dá".
(Pitágoras)

Vírgula: como e quando usar?

    Meus alunos me perguntaram sobre vírgulas: "Professora, quando e como eu uso a vírgula?". O interessante foi que a pergunta partiu de faixas etárias diferentes: um aluno do 6º ano e outro do 3º colegial! Sei que este é um dilema que muitos enfrentam, inclusive adultos, quando precisam redigir algum documento, por exemplo. Eu poderia passar horas aqui falando sobre uso de vírgula, afinal, são várias regras! rs Vou hoje explicar algumas, para já ir diminuindo as angústias dos meus alunos e leitores.
   Começo pela regra mais simples: coloque vírgula no lugar do "e", para separar ações ou palavras em enumerações. 
       Ex: Eu cheguei, comi, bebi, dancei e fui embora. (o "e" apenas na última ação).
            Comprei na feira: batata, tomate, alface, maçã e mamão. (o "e" antes da última palavra da lista).
     As regras a seguir exigem conhecimento de uma parte da gramática chamada sintaxe, que trata da função das palavras. As orações geralmente seguem um esquema, chamado de ordem direta: sujeito+ verbo+ complemento verbal+ adjunto adverbial. Toda vez que esta ordem é alterada, precisamos usar a vírgula.
      Ex: Maria comprou sonhos na padaria. (ordem direta)
      Na padaria, Maria comprou sonhos. (ordem inversa, pois o adjunto adverbial de lugar foi deslocado)
      Maria comprou, na padaria, sonhos. (novamente, expressão de lugar deslocada).
      Outro situação é no uso no vocativo, que é o termo utilizado para chamar alguém. Para isolá-lo, usamos a vírgula.
        Ex: João, venha até aqui!
             O que farei agora, Meu Deus?
        Também usamos vírgulas para isolar o aposto, termo utilizado para explicar uma palavra.
        Ex: Marcela, minha prima, esteve aqui ontem. (minha prima= explicação sobre quem é Marcela)
        Usamos vírgula antes de algumas conjunções, como: mas, porém, porque.
        Ex: Venha, porque preciso falar com você.
              Queria ter ido à festa, mas fiquei doente.
        A vírgula deve ser colocada após orações que iniciam um período com "quando" e "se".
      Ex: Quando cheguei, você já havia saído.
            Se conseguir o dinheiro, viajará.
      Essas são algumas das principais regras de uso da vírgula! Espero que ajudem quem até agora coloca vírgula "onde acha que precisa" rs.
        Ficam as dicas! =)

sábado, 21 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original".
( Albert Einstein)

Poema a partir de uma aula de pós

    Há mais de um ano frequento minha pós-graduação aos sábados. Considero o melhor dia da minha semana, pois reúno amigos e estudo o que mais gosto: a Língua Portuguesa. Hoje aprofundamos questões de Análise de Discurso, como o efeito de sentido. É incrível como a escolha de uma palavra, por exemplo, altera totalmente o sentido de nossa fala. Também discutimos sobre a psicanálise, o que foi, digamos, traumático para muitos: não existe eu, nós somos a imagem que os outros fazem de nós. Quando olhamos no espelho, vemos aquilo que os outros enxergam. Foi mais ou menos isso! ( profundo e muito, muito confuso! haha)
   Todos ficaram refletindo sobre a busca do eu verdadeiro! Ou melhor, quase todos... eu, na verdade, tentei aproveitar algo para postar aqui... e consegui! A busca do eu é um bom assunto para um poema! Aliás, meu amigo blogueiro criou um hoje! (Créditos ao Messias! rs)
   Vamos refletir um pouco sobre o "eu" e escrever um poema filosófico?? Lanço agora este desafio! =)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"Os impérios do futuro são os impérios da mente"
(Winston Churchill)

CSI e a Narrativa Policial

    Todas as noites tenho hora marcada para fazer plantão em frente à Tv. Não perco um episódio do CSI Las Vegas, umas das melhores séries já produzidas. Aqueles que assistem ao seriado nunca mais são os mesmos. Vou me utilizar como exemplo: tornei-me mais atenta a detalhes e mais ágil ao formular hipóteses. Tenho várias razões para recomendar esta série- como admirar o charme e a inteligência do Gil Grissom! rsrs. Brincadeiras à parte, destaco, entre elas, a relação direta do seriado com a redação: CSI possui inúmeros ingredientes para a produção de uma narrativa policial- história que narra os mistérios envolvendo crimes.
   CSI mostra a rotina de peritos e investigadores e seu trabalho para solucionar os crimes. O interessante é a forma como vão juntando as pistas, montando hipóteses e ligando fatos até chegarem a um culpado. Cada episódio mostra dois crimes e o passo a passo para solucioná-los. As sequências são perfeitas, o que possibilita a um telespectador bem atento compreender exatamente o que aconteceu. É possível transpor essas características para uma narrativa policial, o que proporcionará um texto rico e bem construído.
   Proponho um exercício: assistam prestando atenção à estrutura. O raciocínio nunca mais será o mesmo!
    Fica a dica aos meus alunos do colegial! ( e demais leitores maiores de 14 anos! rs)
    (Vou nessa, já ouço a música de abertura! "Who are you? Who, who, who, who?") =)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"Quanto mais brilhante você é, tão mais você tem a aprender".
( Don Herold)

MSN x Redação: o cuidado com a linguagem

    É interessante a forma como a língua "prática" tenta dominar todos os momentos da escrita. Hoje estava corrigindo algumas redações e notei desvios graves da norma culta- palavras como "aki", "akele" e "vc" numa avaliação. Logo percebi que se tratava do "internetês", a linguagem abreviada e prática presente em scraps e conversas de msn. Como controlá-la?
    Em outra postagem, discuti as situações de comunicação. Vejo aqui uma circunstância parecida. Podemos usar esse tipo de linguagem no cotidiano, navegando pela internet ou num bate-papo com um amigo. Mas não podemos estender o uso para as redações- elas exigem uma linguagem mais culta, formal.
    Caros alunos, confesso: também faço uso do internetês! Mas ninguém encontra numa correção minha- de prova ou de redação- palavras abreviadas ou escritas incorretamente. Por isso, um aviso: atenção à situação da escrita, para não confundirem as linguagens: sejam práticos apenas quando for possível, ok?
      Fica a dica!  ( E O "PUXÃO DE ORELHA" TAMBÉM!) =)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"Um bom descanso é metade do trabalho."
(Provérbio Iugoslavo)

Que tal aproveitar o tempo do horário político?

    Chegou o horário político. O que fazer durante estes 100 minutos diários? Para ninguém falar que não sou engajada politicamente, recomendo assistir aos políticos e suas infalíveis propostas pelo menos uma vez. Depois, todos terão muito tempo livre até a véspera das eleições. Como boa professora de português, sugiro passar o tempo com uma atividade útil e enriquecedora: a leitura.
   Sei que muitos só terão o período da noite livre, por isso sugiro primeiro um livro de contos. Gosto bastante de histórias policiais e de mistério, por isso recomendo "Histórias de Detetive", da coleção Para Gostar de Ler, número 12. São histórias voltadas para o público juvenil, mas que atraem a atenção de qualquer adulto com facilidade. Outra sugestão de hoje é um livro de poesias, intitulado "Bagagem", de Adélia Prado. Li recentemente e gostei bastante, principalmente pela linguagem simples.
   Espero que muitos aproveitem este tempinho de forma agradável. Nada melhor que um bom livro para aguardar o início da novela ou do seriado preferido! =)

domingo, 15 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"A franqueza não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar tudo o que se diz."
( Victor Hugo)

A capacidade de "amenizar" as palavras: eufemismo

    Hoje minha vó comentou que estava assistindo dois jornalistas falarem do Ronaldo Fenômeno. Um deles disse: "Ele não está em sua melhor forma física', já que continua 'ainda um pouco acima do peso'". O outro disparou: 'Por que você não fala logo de uma vez que ele está gordo?!". Realmente, alguns utilizam-se de palavras mais amenas para dizer a mesma coisa. Aproveitando a deixa, vou falar um pouco desta "estratégia" chamada EUFEMISMO.
   O eufemismo é uma figura de linguagem usada para "amaciar" as palavras ou o efeito que elas podem causar. Por exemplo, ao invés de dizer "José morreu", podemos falar "José partiu dessa para uma melhor", "José dorme agora um sono eterno", "José está descansando em paz" ou até mesmo uma forma estilo Machado de Assis "José está agora do outro lado do mistério" ( é muita elegância linguística, não é?).
   No dia a dia, usamos muito essas expressões como uma forma de medir as palavras, não ofender ou magoar alguém, por exemplo. O eufemismo é muito útil para dar conselhos, notícias desagradáveis ou dizer verdades difíceis de serem ouvidas. Todo mundo usa sem saber que é uma Figura de Linguagem de nossa ilustre Língua Portuguesa!
    Há muitas outras, que em breve citarei assim que couber em alguma situação de meu cotidiano. No mais, fica a dica: carregue sempre uma coleção de eufemismos, pois eles ajudam ( e MUITO!) a evitar problemas!
   
  

sábado, 14 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar"
(Sócrates)

Revendo o "certo" e o "errado": situações de comunicação

   Estava eu no meio de uma aula no pré, quando um aluno pergunta: "Tia, a gente pode fazer esta atividade também?" e eu respondi: "Claro, a gente pode sim!". Um outro aluno, muito atento à conversa (atento até demais) dispara sua advertência: "Não é 'a gente', é nós!!! A gente é errado!!".
   Lamentei que o pequeno tivesse apenas seis anos, pois não pude dar grandes explicações a respeito. Disse apenas que dependia da situação. Mas aqui posso expor meu raciocínio.
   Muitas vezes, em Língua Portuguesa, nos deparamos com "isso é certo" ou "isso é errado". Não é bem assim, já que são respostas que desprezam o contexto de uso da linguagem. Tudo depende da situação de comunicação.Explico, tomando como exemplo os polêmicos " a gente" e "nós":
    Posso dizer "a gente" entre amigos ou outra situação informal? Sim.
    Posso escrever "a gente" numa redação, numa fala de um personagem? Sim.
   Posso dizer "a gente" numa palestra ou congresso num ambiente acadêmico ou formal? De preferência, não.
    Posso escrever "a gente" numa dissertação, num requerimento ou outro documento formal? Nunca.
  Como se pode perceber, depende da situação. Podemos fazer uma comparação simples: ninguém vai à praia de terno, nem à formatura de biquíni.É errado usar qualquer um deles? Não, só depende da situação em que vou usar.
   Finalmente, circunstâncias em que nós, professores, podemos dar um "depende" como resposta sem deixar ninguém na dúvida! =)
  
   
   

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mensagem do dia

Já que o assunto de hoje foi o debate, fica aqui uma mensagem interessante e que prega o respeito da opinião de cada um:

"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-la."
(Voltaire) 

Debate: vamos aprender a argumentar?

     Muitos dizem que não gostam de assistir a debates políticos na Tv, pois são sempre do mesmo jeito e não levam a lugar nenhum. É um ponto de vista.
    Eu gosto. Mas tenho meus motivos linguísticos, obviamente. Assisto porque acho um instrumento fantástico para aprender a argumentar. Vou explicar agora!
     É interessante a forma como os candidatos se colocam, atacam e revidam, mas sempre estudam a hora certa de fazer isso. Só fazem ataques pesados na tréplica, momento em que dizem "a última palavra" e não podem ser rebatidos.
    Outra característica interessante é a maneira eficaz de contra-argumentar: alguns candidatos dizem "respeito sua opinião, mas..." e focam seu ponto de vista. É uma ótima estratégia para ganhar o público, pois é uma forma de aparentar equilíbrio e diplomacia.
      É claro que faço uma ligação direta aqui com a dissertação, que discute idéias e, muitas vezes, defende um ponto de vista (quando não é apenas expositiva). A forma de se colocar num texto é o diferencial para se conquistar, pelo menos, o respeito do leitor.
     No caso dos debates, eles auxiliam principalmente as dissertações que exigem argumentos favoráveis, contrários e tomada de posição.
    Para quem não gosta de política, exponho aqui pelo menos um bom argumento linguístico: assista prestando atenção na argumentação. É uma ótima forma de passar a analisar, com mais cuidado, os argumentos das pessoas.
     Fica aqui a dica para melhorar a argumentação, tanto oral, quanto escrita!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mensagem do dia

"Um país é feito de homens e livros" 
(Monteiro Lobato)

Colhendo sugestões

     Hoje tive a brilhante idéia de perguntar a alguns de meus alunos o que eles gostariam de ver em meu blog.
     E não é que me ajudaram bastante? Surgiram ótimas sugestões: história da língua, novidades, dicas de livros, datas de vestibulares e muito mais.
     Aos poucos, vou reunir um bom material sobre a Língua Portuguesa.
     Foi lançado o desafio!
     Vou nessa! =)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escrever: e agora?

    Escrever é, muitas vezes, um pesadelo para qualquer aluno.
    Dúvidas como "de que forma começar?" ou "como falar sobre esse assunto?" são muito comuns. O que fazer então?
    Vale aqui uma comparação bem simples. Escrever é como andar de bicicleta: só se aprende andando (no caso, escrevendo! rs)
    A prática é a melhor forma de aprimorar a escrita. Mas é claro que todos precisam ter o que escrever. Como resolver isso?
    Leitura e escrita andam juntas: bons leitores têm grande chance de serem bons escritores. Quanto mais contato se tem com a leitura, mais cultura e conhecimento de língua são acumulados para embasar uma boa escrita.
    Que tal agora começar a treinar?
    Fica esta dica!

Blogando

Olá, Pessoal!
Inauguro agora um novo espaço para navegar no universo da Língua Portuguesa!
Sejam bem-vindos!
Profª Ana Luiza